Talvez por causa daquela música que gosto tanto, aquela que diz all the things you believe, I saw that was true, escrevi O último romance na sua last dance. De um romance que me embriagou em urgência. The touch of your hand on me. Falaria teu nome, exatamente como está escrito em meu diário, mas prefiro guardar em segredo nos meus lábios teus. Não quero que te machuques, meu bem. Escondi sob codinomes nossos. O livro é ferida aberta. É autobiográfico sem confessar. Na paixão, a gente vê quem a pessoa é de verdade. E foi nela que me (e te) vi por inteiro. Falo das paixões (especialmente dessa) que ultrapassa a própria ideia de paixão. Vai além do amor. Se derrama no etéreo do sagrado, na força de um olhar que parece oração. Cada um em um canto do mundo. Quilômetros de distância. E, ainda assim, tão perto no que foi escrito.
